bons negócios com a China

Como fazer bons negócios com a China

A China é a segunda maior economia do planeta, com um PIB de quase US$ 15 trilhões. Em 2009 ultrapassou os Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil, comprando um volume anual de 50 bilhões de dólares. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), são 27,8% das exportações brasileiras.

Apesar de o Brasil manter um confortável superávit comercial com a China, nossas importações do gigante asiático também são bastante consideráveis, chegando a 28 bilhões de dólares.

A interdependência entre as economias da China e do Brasil abre espaço para importar mais, exportar mais e, principalmente, atrair investimentos chineses para o Brasil.

 

O que os brasileiros precisam saber para fazer bons negócios com a China?

 

Brasil e China estão prestes a assinar um acordo comercial e estão se movimentando para se adequar ao que esse acordo exigirá. Da parte do Brasil, o dever de casa é eliminar tarifas comerciais e fazer os devidos acertos em nosso sistema tributário e legal, com especial atenção à parte de segurança jurídica, um receio recorrente, e reconheçamos, justificado, de estrangeiros que investem no Brasil.

Mas as questões legais, tributárias e alfandegárias são apenas parte da aproximação econômica entre Brasil e China. As culturas brasileira e chinesa são muito diferentes entre si, inclusive em aspectos como dinâmica de trabalho e jeito de fazer negócios. Fundamental é conhecer como funcionam as coisas no país asiático e a maneira dos chineses agirem, o que pode ser a chave do sucesso.

 

Como evitar gafes e problemas legais na China

 

A China tem um sistema legal muito diferente do brasileiro, assim como costumes que não são os nossos, que convém observar e respeitar, pois mal-entendidos podem custar caro.

As leis chinesas permitem que tanto os cidadãos chineses como os estrangeiros sejam monitorados, inclusive em quartos de hotel, conference calls, conexões de internet, fax e telefone.

Se as interações entre chineses e estrangeiros forem consideradas de natureza política, pode haver penalidades legais, inclusive prisão.

 

Temas delicados

 

Considerações sobre política e críticas aos costumes e práticas locais devem ser evitados na China. Alguns temas que não devem ser abordados

  • Direitos Humanos,
  • Independência do Tibet,
  • Dissidentes,
  • Seita Falun Gong
  • Acontecimentos de 1989 na Praça Tiananmen.

 

Tolerância Religiosa

Budismo, Taoísmo, Catolicismo, Protestantismo e Islã são as cinco religiões oficiais da China, mas a distribuição de literatura religiosa não é permitida, e sua importação é rigorosamente controlada. Quem viajar a negócios para a China deve levar apenas material religioso de uso pessoal.

 

Tolerância LGBT

A China descriminalizou a homossexualidade em 1997. Entretanto, não há nenhuma lei que puna a homofobia no país. Então, por uma questão de segurança, o próprio Itamaraty recomenda que se evite demonstrações públicas de afeto entre cidadãos LGBT.

 

Em reuniões de negócios com chineses

 

Cumprimente homens e mulheres com um rápido aperto de mão. Evite manifestações mais calorosas que são típicas do jeito brasileiro de ser, como apertos de mão muito fortes, abraços e beijinhos no rosto.

 

Não discuta na frente de estranhos. Resolva qualquer problema que aparecer de maneira reservada. Os chineses levam muito à sério o ditado “roupa suja se lava em casa”.

 

Nunca se altere. Se a cultura chinesa não vê com bons olhos discussões em público, muito pior se forem acima do tom, com explosões emocionais. A paciência é uma virtude muito valorizada pelos chineses.

 

Cartões de visita. Trocar cartões de visita é uma prática usual entre os chineses. Mas lembre-se de sempre entregar seu cartão com as duas mãos. E de também usar as duas mãos para receber um cartão de visitas.

 

 

As diferenças são grandes, a ponto de o Itamaraty ter uma página em seu site somente com alertas para quem vai viajar para a China. Além disso, é recomendável ter, antes de viajar, os endereços e telefones de todas as representações consulares e diplomáticas do Brasil na China e se informar na Embaixada e consulados chineses.

 

Ponto favoráveis aos empresários brasileiros na China

Embora em um primeiro momento os brasileiros possam se assustar com a quantidade de coisas que não podem ou não devem fazer na China, a experiência prévia conta a nosso favor. Há anos empresários, executivos e trabalhadores brasileiros já atuam no país, produzindo em parceria e intermediando negócios.

Os chineses buscam parceiros de negócios que transmitam confiança e credibilidade, e a impressão que os brasileiros que atuam lá tem passado é exatamente essa.

 

Como importar da China?

 

De forma geral, importar produtos chineses não é problemas para as empresas brasileiras, bastando seguir as regras internacionais para cada tipo de produto.

 

Como é o processo de importação da China

 

A China exige uma série de etapas e obrigações para que se importe produtos deles. O primeiro passo é que a empresa interessada tenha registro de importador, o que é obtido no Siscomex – Registro no Sistema Integrado de Comércio Exterior – da Receita Federal Brasileira. Por ele, o importador registra informações da operação comercial e/ou das mercadorias que está importando.

 

Essa classificação fiscal é obrigatória e tem toda uma documentação detalhada, assim como licenças, fatura comercial, guia de remessa, conhecimento de carga, entre outros, para que sejam realizadas as importações.

 

Os melhores negócios da China em importação

 

A gama de produtos que pode ser importada da China é imensa, especialmente de manufaturados. Embora a maioria dos brasileiros conheça os produtos “Made in China” pela enorme quantidade de bens de consumo que chegam ao nosso mercado, os chineses também são extremamente competitivos em preço, e também em qualidade, em bens de produção, como máquinas, equipamentos, guindastes e até mesmo em aço bruto. Muitas indústrias brasileiras se interessaram em aprender como importar aço da China, pois além de dispor do produto em grande quantidade, algumas usinas chinesas têm um controle de qualidade tão rigoroso quanto os fabricantes mais tradicionais do mundo, como Itália e o próprio Brasil.

 

O que exportar para a China

Embora a maior parte da pauta de exportações brasileiras para a China seja de produtos do agronegócio, como soja triturada, minério de ferro e petróleo bruto, existem oportunidades que podem ser aproveitadas pelas empresas do Brasil, como Carne de frango, carne bovina, açúcar bruto, café e farelo de soja.

 

Oportunidades de venda para a China que ficaram fora do radar até hoje

 

Existe um fato que qualquer pessoa interessada em fazer negócios com a China deveria saber. O gigante asiático é o maior produtor e exportador de praticamente tudo. Mas também é um dos maiores importadores e consumidores de muitas coisas, porque o mercado consumidor chinês é simplesmente gigantesco. E só tende a crescer.

Aí reside uma oportunidade de negócios que as empresas brasileiras, e também as multinacionais instaladas aqui, poderiam observar com atenção.

 

Conheça alguns itens que a China importa muito, e não são commodities.

 

Automóveis, caminhões e veículos terrestres em geral:

Embora a China seja um grande produtor de automóveis, caminhões, tratores e acessórios, e as marcas chinesas estejam se preparando para serem competidores globais, como a Great Wall, que construiu em 2019, em parceria com a alemã BMW, uma fábrica para a produção de veículos elétricos, como em muitos outros países, a produção doméstica chinesa  divide espaço com os produtos importados.

Entre 2012 e 2016, a importação de automóveis representou mais de 4% das importações chinesas. Em 2017 o mercado chinês absorveu 28.878.900 automóveis novos, mais de 13 vezes o número de automóveis emplacados no Brasil no mesmo período.

 

Aparelhos ópticos:

A China é uma grande compradora de equipamentos para fotografia e cinematografia.

 

Instrumentos médicos cirúrgicos:

A grande quantidade de hospitais e postos de saúde necessários para atender a uma população tão grande faz com que a demanda por instrumentos de precisão cirúrgica seja muito grande na China.

 

Para conquistar esse mercado, as empresas brasileiras precisarão de estratégia, investimento e insistência. E de conhecimentos que, se não tiverem, poderão buscar em uma boa consultoria de comércio exterior. Mas o fato é que esse é um mercado grande e rico, em que uma pequena participação, em números brutos, equivale a um enorme market share do mercado brasileiro. O esforço feito para conseguir abri-lo será muito recompensador para quem o fizer.

 

 

Feiras de negócios China Brasil

 

As feiras de negócios são uma boa porta de entrada à China para os empresários brasileiros, tanto os que querem importar como exportar. Existe já um calendário de pequenos, médios e grandes eventos realizados tanto no Brasil, como na China. Para saber mais, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil China mantém um calendário atualizado.

 

Como fabricar na China com a sua marca

 

Apple, Adidas, Nike, Sony, HP/Compaq, Intel, Motorola, Lacoste, Ralph Lauren, Audi são exemplos de marcas mundiais que produzem na China. A melhora de qualidade do produto “made in China” ao longo do tempo foi notável, e além do custo da mão de obra ser mais barato, existe no caso dos produtos de tecnologia a vantagem logística, porque as fábricas da maioria dos componentes também estão lá.

 

Empresas brasileiras que fabricam na China

 

A fabricante de compressores Embraco e indústria de motores elétricos catarinense WEG  e a fabricante de ônibus Marcopolo são exemplos de empresas brasileiras que montaram operações na China e colhem os lucros.

Além dos custos de produção mais baixos, a China tem a vantagem de uma melhor infraestrutura, que diminui os custos logísticos e permite que além do mercado chinês, elas atinjam outros mercados interessantes, como países da Europa.

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Propriedade intelectual na China

 

Embora o passado relativamente recente justifique um certo receio quanto à proteção de marcas e patentes na China, é inegável que a situação melhorou bastante, até por ser um dos focos da “guerra comercial” entre chineses e americanos.

Seria ingênuo afirmar que não existe mais falsificação e pirataria comercial na China. Mas o fato é que, apesar de recente, há uma legislação de propriedade intelectual na China.

E mais importante, existe um esforço genuíno do governo chinês em fazer a legislação ser para valer. Não só porque a segurança jurídica é boa para os negócios como um todo, mas porque ela também protege as próprias empresas chinesas, que são cada vez mais, marcas globais, que também sofrem com o roubo de suas ideias.

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