consultoria de internacionalização de empresas

Como funciona uma consultoria de internacionalização de empresas

O mercado exterior é cheio de oportunidades para empresas brasileiras, que podem importar com preços e qualidade melhores e aumentar sua lucratividade exportando para vários países, não dependendo somente do mercado interno brasileiro, que está sempre exposto às oscilações da economia. Mas, para ter mais sucesso nessa empreitada, é sempre bom contar com os serviços de uma boa consultoria de internacionalização de empresas.

Qual a função de uma consultoria de internacionalização de empresas.

A função de uma boa consultoria de internacionalização de empresas é garantir que sua empresa realize o processo de internacionalização de maneira segura e planejada, para que essa empreitada seja segura, produtiva e principalmente lucrativa.

O mercado internacional tem diferenças e peculiaridades em relação ao doméstico, e conhecê-las pode ser a crucial para o sucesso. Então, se alguém perguntar qual o trabalho de um consultor de internacionalização de empresas, porque investir no conhecimento desse profissional, a resposta é: evitar perder tempo e dinheiro.

Como é o trabalho de uma consultoria de internacionalização

O cliente muitas vezes pode ter pressa em começar a exportar ou importar, mas faz parte do trabalho do consultor realizar um estudo e produzir um diagnóstico para saber se a empresa está apta a se internacionalizar.

O diagnóstico pleno da empresa passa por vários departamentos que devem ser entrevistados, desde o dono ou CEO, passando pelas áreas financeira, marketing, vendas, administração, produção, recursos humanos, logística e contabilidade.

O que um projeto de internacionalização de empresas precisa para dar certo

Para dar o resultado esperado a internacionalização da empresa deve ser vista como uma decisão estratégica da sua alta direção, para gerar oportunidades de negócio e capacitá-la a aproveitá-las, colocando-a em um patamar superior de competitividade.

Quando se fala em decisão estratégia, se entende que se trata de um processo que tem seu tempo de maturação, mais curto ou mais longo, e que pode trazer excelentes resultados, se for feito da maneira correta.

Qual a função de um consultor de internacionalização de empresas

A função do consultor de internacionalização de empresas é utilizar sua experiência e conhecimento para fazer as perguntas certas, que geram as respostas que direcionam o projeto de internacionalização.

O Que – definir claramente qual produto ou serviço a empresa cliente pretende importar ou exportar, lembrando que muitas vezes pode ser uma classe de produtos ou serviços, não somente um produto ou serviço específico.

Porquê– Definir claramente o objetivo do projeto, saber o ganho que a empresa pode esperar dele, como garantir uma adaptação tecnológica ou inovativa, no caso de importar uma máquina/equipamento ou produto/serviço.  Se o objetivo for exportação, permitir um melhor planejamento financeiro, absorver a tecnologia de mercados externos, buscar uma inserção neles e um maior integração empresarial.

Como – quais serão as estratégias de internacionalização. A empresa vai participar do mercado externo diretamente, com seus próprios quadros? Tem as pessoas certas para isso ou precisará importar? Ou utilizará a via indireta, por intermédio das empresas comerciais exportadoras, importadoras ou trading companies.

Para quem –  O trabalho do consultor inclui também indicar mercados externos para que a empresa desenvolva negociações comerciais de compra ou venda, ou analisar a atratividade, viabilidade e grau de competição dos mercados que ela já tem interesse em buscar.

Essas informações são coletadas através de um trabalho de pesquisa, com consultas às câmaras de comércio, entidades de classe, escritórios comerciais, embaixadas brasileiras no exterior, e embaixadas estrangeiras no Brasil.

Conclusão

Todas essas informações, uma vez reunidas, geram uma estimativa realista do tempo, esforços e recursos necessários, bem como as expectativas de retorno, dando à empresa um caminho seguro para seguir no mercado internacional, evitando a perda de recursos e tempo. E tempo é dinheiro.

Saiba aqui como a Alaby & Consultores Associados atua na internacionalização de empresas. 

Acordo RCEP

Tratado RCEP reforça protagonismo da China no mundo pós pandemia

Assinado em 15 de novembro de 2020, o Tratado RCEP (Regional Comprehensive Economic Partnership), Parceria Regional Econômica Abrangente, em Português, foi firmado entre os Estados membros da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã e 5 parceiros:  Austrália, ChinaJapão, Nova Zelândia e Coréia do Sul.

O tratado RCEP abarcará um terço da atividade comercial do planeta , e seus signatários esperam que a sua criação ajude os países a sair mais rápido da turbulência imposta pela pandemia da COVID 19.

O mercado do Sudeste Asiático , em rápido crescimento e cada vez mais importante, tem 710 milhões de consumidores e muita capacidade de consumo.  Os países do bloco do ASEAN têm juntos um PIB de US$.3,5 trilhões  e um PIB per capita é de US$.4.929,00, ambos os números , estimativas de 2020.

O que prevê o tratado RCEP

O acordo RCEP é um acordo comercial ambicioso, que  prevê reduzir as já baixas tarifas do comércio entre os países membros. Como boa parte deles já é formado por países industrializados e tecnologicamente avançados, com outros com uma mão de obra ainda de baixo custo, pode-se esperar um fluxo comercial muito intenso.

O Tratado RCEP prevê que em até 20 anos serão zeradas as tarifas de 91% do comércio entre os 15 países, que terão o mesmo regime de origem e regras comuns a todos eles. Em suas 14.367 páginas, o RCEP tem ainda capítulos específicos sobre serviços, serviços, investimentos, propriedade intelectual, normas sanitárias e fitossanitárias.

E, mais do que tudo, deve ser comemorado um acordo que, em um momento histórico, reverte uma tendência que apontava um aumento do protecionismo, com algumas das  economias mais relevantes e competitivas dando um passo importante no caminho da cooperação regional, multilateralismo e livre comércio.

RCEP reforça posição da China no comércio mundial.

Embora o maior protagonista desse acordo tenha sido a ASEAN, é inegável que ela aumenta o prestígio e a influência da China no mundo pós-pandemia. De longe o maior mercado da região,  com mais de 1,3 bilhões de consumidores, o Tratado RCEP permitirá que o gigante asiático se lance como líder da globalização e da cooperação multilateral, permitindo que Pequim tenha maior influência sobre as regras que regem o comércio regional.

Índia não participa do RCEP


Se a China emerge ainda mais como a grande potência econômica do mundo pós pandemia, a  ausência ilustre do RCEP é a Índia. Embora ela tenha participado das negociações para a formação do bloco, se retirou das conversas ainda em 2019, em função de uma feroz oposição interna à abertura de seu mercado.

 

Estados Unidos terão de recuperar espaço e influência na região depois do RCEP

O RCEP é um acordo com um espírito extremamente liberal no que se refere ao comércio internacional, mas ele é menos abrangente que o Acordo Transpacífico, que  incluía os EUA, mas do qual Donald Trump se retirou logo após tomar posse.

O grande problema da oportunidade perdida por Trump, e que o presidente eleito Joe Biden terá um grande trabalho pela frente para tentar recuperar, não é somente ficar de fora de um acordo que dá acesso a um mercado que já é grande, e só tende a crescer, mas uma questão de influência política mundial.

Uma das características da política externa norte americana, pelo menos desde o fim da II Guerra Mundial, e até durante a Guerra Fria, foi participar de acordos e organismos multilaterais, mesmo que fosse para tentar direcioná-los para posicionamentos que fossem do interesse dos Estados Unidos, o que fazia sentido para eles na posição de maior potência econômica, militar e científica do planeta.

O que nunca foi do interesse dos EUA, inclusive pela questão de sua autoimagem, foi serem vistos como uma potência imperial tradicional, similar a todas as que existiram até a primeira metade do século XX. E, apesar de todas as críticas que se possa fazer a Trump, não se pode dizer que ele tenha quebrado essa tradição e agido como um “imperialista”, porque ao se recusar a participar de instituições multilaterais, ele diminuiu a influência dos EUA no mundo.

Se o grande objetivo era diminuir a influência chinesa do mundo, não se pode dizer que ele tenha tido sucesso se aliados tradicionais dos EUA como Japão, Coréia do Sul e Austrália estão agora mais próximos da China, através de um acordo como o RCEP.

O RCEP traz oportunidades para o Brasil?

Em um primeiro momento, o RCEP não muda nada para o Brasil, no sentido de que a China continuará sendo o principal parceiro comercial do Brasil. Se esse acordo criará concorrentes para os produtos brasileiros no mercado chinês, ou a China poderá ser uma porta de entrada para mercados onde o Brasil tem hoje pouca participação, ainda é cedo para dizer.

O que se pode afirmar com certeza é que nessa disputa entre os gigantes, o Brasil deve se manter equidistante de ambos, no que se refere a participar de disputas nas quais temos pouca capacidade de influir, mas muito a perder.  E nos aproximarmos quando for do interesse brasileiro.

Em outras palavras, o Brasil deve manter relações pragmáticas com os EUA e China, porque na diplomacia e no comércio, o que vale é o resultado final.

mercado interno chinês

Planejamento Estratégico da China é oportunidade para empresas brasileiras

Uma das principais características do modelo chinês de crescimento é o seu planejamento estratégico, que é feito pensando nos próximos 5, 10, 15 e até 50 anos. E mesmo em um momento como o atual, em que a pandemia de Covid-19 torna todas as variáveis que influem no planejamento estratégico ainda mais voláteis, isso não é diferente.

Em seu 14º Plano Quinquenal, a China apresentou seus objetivos de crescimento até 2035, que além de ambicioso, reforça os pilares, ou acrescenta novos, ao modelo que trouxe a China ao seu estágio atual de potência em ascensão.

Como foi o crescimento chinês até hoje

O crescimento chinês começou na década de 1970, tendo como marco a visita do então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, que normalizou as relações entre americanos e chineses, para que empresas americanas, e depois de outros países do mundo, pudessem investir no país e produzir lá, atraídas pela abundância e baixo custo de mão de obra.

A entrada de capital estrangeiro levou a China a se transformar na grande fábrica das principais marcas globais, que montaram suas plantas industriais lá para produzir e exportar para os principais mercados consumidores do planeta.

Essa estratégia evoluiu para a criação de marcas chinesas globais, percebidas como valiosas pelos consumidores do mundo inteiro e distantes da reputação de falsificações, ou cópias de baixa qualidade, que os produtos chineses já tiveram, capazes de disputar os mercados mundiais.

A nova estratégia chinesa

A nova estratégia chinesa pode ser resumida em se manter olhando para fora, mas também olhar para dentro, para a imensa classe média de 400 milhões de pessoas, ávidas por mais qualidade de vida e melhor padrão de consumo.

Por isso, a estratégia proposta pelos principais líderes da China para o desenvolvimento econômico e social do país nos próximos cinco anos, que está sendo chamada de Dupla Circulação, é criar um ciclo de demanda e inovação interna como propulsor da economia, o que implica em governança e reforma estrutural do lado da oferta, e manter os mercados e investidores externos como um segundo propulsor econômico.

A estratégia da dupla circulação consiste em tornar a economia chinesa mais dependente da circulação interna, ao mesmo tempo em que é apoiada pela circulação externa, que se relaciona com o comércio e investimentos internacionais.

Como a China pretende estimular seu mercado interno

Esse novo foco econômico da China no seu mercado interno implica em atentar a pontos para os quais nunca deu tanta importância, como o combate à poluição, melhora da estrutura industrial, mudança para um modelo de crescimento impulsionado pelo consumo, redução das desigualdades econômicas e atenção ao declínio da força de trabalho e envelhecimento da população.

Com sua estratégia de dupla circulação, a China está preocupada com um crescimento de melhor qualidade, que proporcione o aumento da renda e do consumo das famílias e de sua qualidade de vida. Só a título de comparação, segundo a OCDE, o gasto das famílias chinesas representa somente 38,5% do PIB, enquanto nos EUA é de 67,9% e no Brasil, 64,5%.

A meta do 14º Plano Quinquenal da China é alcançar uma renda percápita anual de US$ 20 mil em 2035, o que significa dobrar a atual. Se esse objetivo for alcançado, a classe-média chinesa passaria dos atuais 400 milhões para a casa das 700 milhões de pessoas

Como a China pretende atuar no comércio internacional

Obviamente, a China não pretende abdicar do pilar que a colocou na posição de destaque em que está hoje, o comércio internacional, mas tornar a sua participação mais sofisticada, por assim dizer, também priorizando um crescimento qualitativo, visando o enfrentamento da Guerra Comercial com os Estados Unidos.

Todas as estratégias a serem desenvolvidas estão centradas para construir a plena soberania tecnológica, de modo a permitir o domínio tecnológico pleno de setores chave, como a cadeia de produção dos semicondutores e a questão do momento, a internet 5G.

Em resumo, a China pretende ser tecnologicamente autossuficiente, e um plano de investimentos na casa de US$.1,5 trilhão ,já em execução, mostra que o gigante asiático não está para brincadeiras para enfrentar esse desafio, e deverá garantir ampla presença nas cadeias globais de valor.

Oportunidades de negócios para as empresas brasileiras

A concretização desse plano vai fazer com que a China compre ainda mais do que já compra do Brasil, como por exemplo, produtos do agronegócio. Mas significa também uma oportunidade para exportar produtos de maior valor agregado, inclusive manufaturados.

Essas 700 milhões de pessoas que atingirão o padrão de consumo da classe média não somente comerão mais, e melhor. Elas irão vestir, calçar e usar uma grande gama de produtos melhores, em grande quantidade. E ao contrário do que muitos acreditam, a China já é hoje uma grande importadora de manufaturados, além de exportadora.

As empresas brasileiras devem se preparar para aproveitar essa oportunidade, acelerando seus processos de internacionalização e elaborando estratégias de marketing ousadas e agressivas, não somente para as suas marcas, especificamente, mas para a marca Brasil como sinônimo de qualidade na fabricação de diversos produtos.

Então, se estão todos preocupados com qual será a estratégia para o Brasil, e as empresas brasileiras, retomarem o caminho do crescimento no incerto cenário pós-pandemia, a exportação para a China se coloca como opção.

Mas para aproveitar essa oportunidade, é preciso se preparar para isso. O Brasil, e as empresas brasileiras não podem se dar ao luxo de perder mais uma chance de crescimento.

 

Saiba aqui, como a Alaby & Consultores Associados atua na Internacionalização de empresas.